Informe da 9° Reunião Ordinária do Colegiado de Filosofia

O Centro Acadêmico de Filosofia participou na quarta-feira (11/10) da reunião ordinária do mês de outubro, do colegiado de filosofia. Tendo como pontos de pauta: Informes; Discussão e aprovação de atas; Projeto de pesquisa do professor Marco Aurélio; Trocas de disciplina (2017:2); e Discussão e aprovação da nova matriz curricular.

A reunião teve início com os informes. E o CAFIL aproveitou para informar a cerca das eleições do DCE vencida pela chapa 2: Uma universidade, 7 Realidades. E a eleição do DAPIA (Diretório Acadêmico de Palmas) vencida pela chapa 30: Lutar para construir, atitude para fazer.

Em seguida foi posto em discussão e em votação as atas das reuniões anteriores. Que foram aprovadas por unanimidade.

O terceiro ponto de pauta foi a apresentação e discussão do projeto de pesquisa do professor Marco Aurélio que tem como objeto de pesquisa a "Razão de Estado e o uso da força". O projeto foi aprovado por unanimidade.

Em relação ao ponto de pauta que discutiu a troca de disciplinas entre os professores no próximo período (2017:2). Foi aprovado pelo colegiado a troca entre o professor Fábio Duarte que dará a disciplina de Ética e cidadania, no segundo período. E o professor Diógenes que assumirá a disciplina de Ética, no sexto período. Em 2018:01 o professor Eduardo Simões assumirá a disciplina de introdução a filosofia e o professor Miranda assumirá fundamentos de ética. Ainda ficou definido que no próximo período o professor Marco Aurélio voltará a ofertar a disciplina optativa (Politica no renascimento).

O último ponto de pauta foi a discussão e votação da nova matriz curricular do curso. Que numa votação dividida acabou sendo aprovada pela maioria tal como proposta pela comissão responsável por sua elaboração. A posição que pedia o adiamento da votação da nova matriz curricular acabou sendo vencida.

A posição do CAFIL nessa votação foi pela aprovação da nova matriz curricular. Por compreender que ela atende às revindicações dos estudantes quanto uma melhor distribuição das disciplinas filosóficas ao longo do curso.

Outra votação dividida foi a cerca do TCC. Por maioria aprovou-se que o estudante poderá escolher entre um TCC monografico ou artigo, sendo que em ambos os casos terá que ter defesa frente a uma banca. Exceto se conseguir publicar numa revista com quali, seja de filosofia ou educação. E foi justamente essa exceção que ocasionou a divisão no colegiado. No entanto a discordância ficou em minoria.

A posição do CAFIL nessa votação foi pela aprovação da proposta que se sagrou majoritária. Por entender ser importante os estudantes terem o direito de escolher entre monografia ou artigo. E ainda a possibilidade de não defender o seu TCC frente a uma banca se caso conseguir publicar sua dissertação de conclusão de curso em uma revista com quali.

Por fim, sem mais nada para tratar a reunião foi encerrada.

Centro Acadêmico de Filosofia - CAFIL/UFT
Gestão Despertar é preciso!

| MOSTRA DE FILMES SOVIÉTICOS


Local: CINE CULTURA, Espaço Cultural, 302N, Palmas.
Apoio: FCP – Fundação Cultural de Palmas

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SÁBADO 21 DE OUTUBRO

15h30
A GREVE
Stachka, 1925, 1h 22min
de Sergei M. Eisenstein

17h00
IVAN, O TERRÍVEL
Ivan Groznyy, 1945-58, 3h 7min                     
de Sergei M. Eisenstein

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DOMINGO 22 DE OUTUBRO
15h30
ENCOURAÇADO POTEMKIN
Bronenosets Potemkin, 1925, 1h 6min
de Sergei M. Eisenstein

17h00
OUTUBRO 1917
Oktyabr, 1928, 1h 35min                  
de Sergei M. Eisenstein

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SÁBADO 28 DE OUTUBRO

15h30
UM HOMEM COM UMA CÂMERA
Chelovek s kino-apparatom, 1929, 1h 8min
de Dziga Vertov

17h00
SOLARIS
Solyaris, 1972, 2h 47min
de Andrey Tarkovsky

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DOMINGO 29 DE OUTUBRO
15h30
TEMPESTADE SOBRE A ÁSIA
Potomok Chingis-Khana, 1928, 1h 14min
de Vsevolod Pudovkin

17h00
A ARCA RUSSA
Russkiy kovcheg, 2002, 1h 39min                  
de Sergei M. Eisenstein



El Lissitzky, ‘5. Globetrotter (in Time)’ 1923
Globetrotter. El Lissitsky, 1923.
Tate Galler

Prorrogado prazo para inscrição em programa que facilita análise socioeconômica

A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proest) prorrogou para o dia 27 de outubro o prazo final para adesão no Programa de Indicadores Sociais (Piso). O novo programa visa facilitar os processos de seleção nos Programas oferecidos pela Política de Assistência Estudantil da UFT, vez que o aluno proponente fará apenas uma análise socioeconômica com validade de um ano e que permite a inscrição em todos os editais (para os quais estiver elegível) da Proest - seja de auxílio permanência, alimentação ou de moradia. O edital de prorrogação foi publicado na tarde desta segunda-feira (16).
Em entrevista anterior, o diretor de Assistência Estudantil, José Inácio dos Santos, destacou a importância da inscrição para o aluno que deseja obter bolsas e auxílios na UFT (embora a inscrição no Piso não o desobrigue de também inscrever-se nos editais que pretende). "Por exemplo: se saem três editais - um de alimentação, um de moradia e outro de alimentação -, não será mais necessário que o aluno envie a documentação para análise econômica para os três editais. O piso oferece uma análise única que serve para todas as seleções", explicou o diretor Santos.
De acordo com o Edital do Piso, o aluno que pleiteia participar de algum dos programas deve estar atento a algumas questões, como:
  • Os alunos atualmente beneficiados com algum programa precisam se inscrever no Piso mas a inscrição servirá para seleções posteriores a qual ele se encontra.
  • Todos os alunos que se enquadrem em situação de vulnerabilidade social e sejam matriculados em cursos presenciais da UFT devem fazer a inscrição.
  • O aluno que fizer tiver a inscrição deferida, ao realizar a inscrição de algum edital pelo Cubo não precisará preencher as três primeiras etapas, pois automaticamente o sistema abrirá na quarta etapa.
Para o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Kherlley Barbosa, a Proest vem inovando no quesito de seleções. Primeiro com o lançamento do Cubo que substituiu papéis e deslocamento de alunos em facilidade de inscrições online que são precisas e rápidas. Agora o lançamento do Piso permite que o aluno tenha uma única análise econômica que permite mais agilidade. "Estamos dando celeridade nos processos. Quanto mais rápida a análise socioeconômica, mais rápido é feito o processamento do pagamento do estudantes. Além disso, o sistema permite fazer uma panorama concreto de como é a condição socioeconômica e étnica dos alunos da UFT", concluiu.
Inscrições e edital
O edital do Piso já está disponível na página da UFT. As inscrições para este semestre ficam abertas de até dia 27 de outubro. A inscrição é feita somente online através do Sistema Cubo. O aluno deve está com toda a documentação necessária listada no edital transformada em apenas um arquivo PDF para ser enviada. No edital, há um padrão de como deve ser estruturado esse documento. Conheça os critérios de participação, bem como informações mais detalhadas sobre o procedimento acessando o edital.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Servidor Sem Salário TEM FOME!Contribua!

Devido ao anúncio do corte de pontos dos trabalhadores da educação municipal de Palmas que estiveram em greve durante 22 dias, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET) lança a campanha “Servidor Sem salário TEM FOME”. O objetivo da campanha é arrecadar alimentos para os profissionais da educação que tiveram seus pontos cortados.

As sugestões de alimentos para serem doados são: arroz, feijão, macarrão, óleo, açúcar, café e cuscuz. O Sintet reitera que é importante que a população palmense participe deste ato de solidariedade, que é destinado a ajudar profissionais que estavam na luta pelo cumprimento da lei.

Atenção aos pontos de coletas de doações de alimentos para o profissionais da Educação que tiveram seus salários cortados pelo prefeito Amastha:  📌 UFT Palmas - (SESDUFT) Bloco II
 📌 Instituto Nossa Senhora de Lurdes – Quadra 106 Sul Alameda 02, Nº 30
 📌 Igreja Sagrado Coração - Quadra 303 Norte
 📌 Igreja Santa Teresinha - Quadra 305 NORTE
 📌 Igreja São Pedro - Quadra 307 NORTE
 📌 Igreja Santa Clara - Quadra 305 Norte
 📌 Igreja Imaculada - Quadra 409 Norte
 📌 Igreja São Mateus - Quadra 405 Norte
 📌 Igreja Nossa Senhora Aparecida - Quadra 407 Norte
 📌 Igreja Nossa Senhora das Graças - Quadra 407 Norte
 📌 Centro Educacional São Francisco de Assis - Qd. 108 norte; Al. 02; Lt. 02
 📌 CIMI - 404 Norte, Alameda 25A, lote 69
 📌 SINTET – Quadra 110 Norte / Alameda 25
 📌 CUT – 103 Norte Rua NO 07 – 20 / Telefone: 3225-6040
 📌 SINTSEP/TO - Quadra 402 Sul, NS - B, Conj. 02, LT 09
 📌 Câmara de Vereadores – Hall de entrada / Gabinete do Vereador Júnior Geo
 📌 Assembleia Legislativa – Escola do Legislativo no Subsolo
 📌 Centro de Direitos Humanos de Palmas – 306 Sul Alameda 04

 📌 CONTA PARA DOAÇÕES EM DINHEIRO:
Ag. - 1505-9
Cc. - 138132-6
Banco do Brasil


Ajudem a divulgar essa campanha de solidariedade ao Professor/a.


Reunião para retormar a Campanha Contra os Agrotoxicos e pela Vida!

 
A Reunião ocorreŕa no dia 23 de Outubro de 2017, ás 16h no auditório do bloco 3, UFT- Campus de Palmas. O Centro Acadêmico de Filosofia - CAFIL/UFT defende e apoia essa iniciativa. Por tanto convidamos todas e todos a participarem.

CAFIL/UFT

A educação como a "transcendência positiva da auto-alienação do trabalho".

Por István Mészáros 


Vivemos sob condições de alienação desumanizante e de uma subversão fetichista do estado real de coisas dentro da consciência (muitas vezes também caracterizada como "reificação"), porque o capital não pode exercer as suas funções sociais metabólicas de reprodução alargada em qualquer outra direcção. Mudar estas condições exige uma intervenção consciente em todos os domínios e a todos os níveis da nossa existência individual e social. É por isto que, segundo Marx, os seres humanos devem mudar "dos pés à cabeça as condições da sua existência industrial e política, e consequentemente toda a sua maneira de ser ". 


Marx também enfatizou o facto de que – se estivermos à procura do ponto Arquimediano a partir do qual as contradições mistificadoras da nossa ordem social podem ser tornadas tanto inteligíveis como superáveis – encontramos na raiz de todas as variedades de alienação a historicamente desvelada alienação do trabalho: um processo de auto-alienação escravizante. Mas precisamente porque estamos preocupados com um processo histórico, imposto não por uma agência exterior mítica de predestinação metafísica (caracterizada como a inelutável "condição humana"), nem sem dúvida por uma "natureza humana" imutável – o modo como muitas vezes este problema é tendenciosamente descrito, – mas pelo próprio trabalho, é possível ultrapassar a alienação através de uma reestruturação radical das nossas condições de existência há muito estabelecidas, e por conseguinte "toda a nossa maneira de ser".


Consequentemente, a necessária intervenção consciente no processo histórico, orientado pela tarefa adoptada de ultrapassar a alienação através de um novo metabolismo reprodutivo social dos "produtores livremente associados", este tipo de acção estrategicamente sustentada não pode ser apenas uma questão de negação, não importa quão radical. Pois na visão de Marx todas as formas de negação permanecem condicionadas pelo objecto da sua negação. E de facto pior que isso. Como a amarga experiência histórica nos demonstrou amplamente no passado recente, a inércia condicionadora do objecto negado tende a crescer de poder com o passar do tempo, impondo primeiro a busca de "uma linha de menor resistência" e subsequentemente – com uma cada vez maior intensidade – a "racionalidade" de regressar às "práticas testadas" do status quo ante, as quais são obrigadas a sobreviver nas dimensões não reestruturadas da ordem anterior.


É aqui que a educação – no sentido mais abrangente do termo, como foi examinado acima – aparece. Inevitavelmente, os primeiros passos de uma grande transformação social na nossa época envolvem a necessidade de manter sob controlo o estado político hostil que se opõe, e pela sua própria natureza se deve opor, a qualquer ideia de uma reestruturação societária abrangente. Neste sentido a negação radical da estrutura completa de comando político do sistema estabelecido deve afirmar-se, na sua inevitável negatividade predominante, na fase inicial da transformação planeada. Mas mesmo nessa fase, e de facto antes da conquista do poder político, a negação necessária é adequada para o seu papel assumido apenas se for enformado positivamente pelo alvo global da transformação social contemplada, como a bússola de toda a caminhada. Portanto o papel da educação é de importância vital desde o início para quebrar a interiorização prevalecente das escolhas políticas confinadas à "legitimação constitucional democrática" do Estado capitalista nos seus próprios interesses. Pois também esta "contra-interiorização" (ou contra-consciência") exige a antecipação dos contornos positivos abrangentes de uma forma radicalmente diferente de gerir as funções globais de decisão da sociedade, muito para além da expropriação do poder de tomar todas as decisões fundamentais há muito estabelecidas, assim como das suas imposições sem cerimónia aos indivíduos, através de políticas como a forma de alienação por excelência na ordem existente.


Contudo, a tarefa histórica que temos de enfrentar é incomensuravelmente maior que a negação do capitalismo. O conceito de ir para além do capital é inerentemente positivo. Ele tem em vista a realização de uma ordem social metabólica que positivamente se sustente a si própria, sem nenhuma referência auto-justificante aos males do capitalismo. Deve ser este o caso dado que a negação directa das várias manifestações de alienação é ainda condicionado por aquilo que ela nega, e portanto permanece vulnerável em virtude dessa condicionalidade.


A estratégia reformista da defesa do capitalismo é de facto baseada na tentativa de postular um mudança gradual na sociedade através da qual se removem defeitos específicos, de forma a sabotar a base sobre a qual as reivindicações para um sistema alternativo podem ser articuladas. Isto é factível só numa teoria tendenciosamente ficcional, uma vez que os remédios preconizados das "reformas" na prática são estruturalmente irrealizáveis dentro da estrutura estabelecida de sociedade. Desta forma torna-se claro que o objecto real do reformismo não é de forma alguma aquele que reivindica para si próprio: o remédio verdadeiro dos inegáveis defeitos específicos, mesmo que a sua magnitude seja deliberadamente minimizada, e mesmo que o caminho projectado para lidar com eles seja auto-indulgentemente admitido como muito lento. O único termo que tem de facto um sentido objectivo neste discurso é " gradual ", e mesmo este é loucamente inflacionado dentro de uma estratégia global, a qual não pode ser alcançada. Pois os defeitos específicos do capitalismo não podem sequer ser observados superficialmente, quanto mais curados genuinamente, sem os referir ao sistema como um todo que necessariamente os produz e constantemente os reproduz.


A recusa reformista em dirigir-se às contradições do sistema existente, em nome da legitimidade assumida de lidar apenas com as manifestações particulares – ou nas suas variações pós-modernas, a rejeição apriorística das chamadas " grandes narratives " em nome de " petits récits " idealizados arbitrariamente – é na realidade apenas uma forma peculiar de rejeitar sem uma análise adequada a possibilidade de qualquer sistema rival, e uma forma igualmente apriorística de eternizar o sistema capitalista. O objecto real da justificação reformista é, de forma especialmente mistificadora, o sistema dominante como tal, e não as partes quer do sistema rejeitado quer do defendido, não obstante o alegado zelo reformista explicitamente declarado pelos proponentes da "mudança gradual". O necessário fracasso em revelar a verdadeira preocupação do reformismo decorre da sua incapacidade para sustentar a validade intemporal da ordem política e sócio-económica estabelecida. É, na realidade, totalmente inconcebível sustentar a validade intemporal e a permanência de qualquer coisa criada historicamente. É isto que torna inevitável, em todas as variedades sócio-políticas do reformismo, tentar e desviar a atenção das determinações sistémicas – que no final de contas definem o carácter de todos os assuntos vitais – para disputas mais ou menos aleatórias sobre efeitos específicos enquanto deixam a sua incorrigível base causal não só incontestavelmente permanente como também omissa.


Tudo isto permanece escondido pela própria natureza do discurso reformista. E precisamente devido ao carácter mistificador de tal discurso cujos elementos fundamentais muitas vezes permanecem escondidos até para os seus ideólogos, não tem qualquer importância para os fiéis deste credo que num determinado momento da história – como com a chegada do "New Labour" e do seu irmão na Grã-Bretanha –e partidos irmãos na Alemanha, França, Itália e em qualquer outro lado – a própria ideia de uma qualquer reforma social significativa seja completamente abandonada, e contudo as reivindicações de um "avanço" aparente (que não levam a parte alguma realmente diferente) são dissimuladamente reafirmadas. Assim mesmo as antigas diferenças entre os principais partidos são convenientemente obliteradas no agora dominante estilo americano do sistema de "dois partidos" (um partido), não importa quantos "sub-partidos" possam ainda encontrar-se em determinados países. O que permanece constante é a defesa mais ou menos oculta das actuais determinações sistémicas da ordem existente. O axioma pernicioso a asseverar que " não há alternativa " – falando não apenas sobre determinadas instituições políticas mas sobre a ordem social estabelecida em geral – é tão aceitável para a anterior primeira-ministra do Partido Conservador Britânico, Margaret Thatcher (que o patrocinou e popularizou), como para o chamado "New Labour" do actual primeiro-ministro Tony Blair, assim como para muitos outros no espectro político parlamentar mundial.


Tendo em vista o facto de que o processo de reestruturação radical deve ser orientado pela estratégia de uma positiva reforma abrangente de todo o sistema no qual se encontram as pessoas, o desafio que tem de ser enfrentado não tem paralelos na história. Pois o cumprimento desta nova tarefa histórica envolve simultaneamente a mudança qualitativa das condições objectivas de reprodução societária, no sentido de reconquistar o controle total do próprio capital – e não simplesmente das personificações do capital que afirmam os imperativos do sistema como capitalistas devotados – e a transformação progressiva da consciência em resposta às condições necessariamente cambiantes. Portanto o papel da educação é supremo tanto para a elaboração de estratégias apropriadas, adequadas a mudar as condições objectivas de reprodução, como para a auto-mudança consciente dos indivíduos chamados a concretizar a criação de uma ordem social metabólica radicalmente diferente. É isto que se quer dizer com a visão de uma "sociedade de produtores livremente associados". Portanto, não é surpreendente que na concepção marxista a "transcendência positiva da auto-alienação do trabalho" seja caracterizada como uma tarefa inequivocamente educacional.


A este respeito dois conceitos chave devem ser mantidos sob a nossa atenção: a universalização da educação e a universalização do trabalho como uma actividade humana auto-satisfatória. De facto nem uma das duas é viável sem a outra. Nem é possível pensar na sua estreita inter-relação como um problema para um futuro muito distante. Ele levanta-se "aqui e agora", e é relevante para todos os níveis e graus de desenvolvimento sócio-económico. Podemos encontrar um exemplo proeminente disto num discurso de Fidel Castro em 1983, relativo aos problemas que Cuba tinha de enfrentar através da aceitação do imperativo da universalização da educação, apesar das dificuldades aparentemente proibitivas não só em termos económicos mas também em conseguir os professores necessários. Foi assim que ele resumiu o problema:
"A la vez habíamos llegado ya a una situación en que el estudio se universalizaba. Y para universalizar el estudio en un país subdesarrollado y no petrolero – digamos –, desde el punto de vista económico era necesario universalizar el trabajo. Pero aunque fuésemos petroleros, habría sido altamente conveniente universalizar el trabajo, altamente formativo en todos los sentidos, y altamente revolucionario. Que por algo estas ideas fueron planteadas hace mucho tiempo por Marx y por Martí." 
As extraordinárias realizações educacionais em Cuba, desde a eliminação rápida e total do analfabetismo até aos mais elevados níveis de pesquisa científica criadora – num país que tinha de lutar não só contra os constrangimentos económicos maciços do subdesenvolvimento como também contra o sério impacto de 45 anos de bloqueio hostil – são compreensíveis apenas em face deste enquadramento. Esta realização também demonstrou que não pode existir justificação para esperar a chegada de um "período favorável", no futuro indefinido. Avançar na estrada de uma abordagem qualitativamente diferente à educação e à aprendizagem pode e deve começar "aqui e agora", como indicado acima, se quisermos alcançar as mudanças necessárias no momento oportuno.


Não pode existir uma solução positiva para a auto-alienação do trabalho sem promover conscientemente a universalização conjunta do trabalho e da educação. Contudo, no passado poderia não existir uma possibilidade real para isto devido à subordinação estrutural hierárquica e à dominação do trabalho. Nem mesmo quando alguns grandes pensadores tentaram conceptualizar estes problemas com um espírito mais progressista. Assim, Paracelso, um modelo para o Fausto de Goethe, tentou universalizar o trabalho e a aprendizagem deste modo:
"embora o homem tenha sido criado inteiro relativamente ao seu corpo, ele não foi assim criado relativamente à sua 'arte'. Todas as artes lhe foram dadas, mas não numa forma imediatamente reconhecível; ele deve descobri-las através da aprendizagem. … A maneira adequada reside no trabalho e na acção, em fazer e produzir; o homem perverso nada faz, mas fala muito. Não devemos julgar um homem pelas suas palavras mas antes pelo seu coração. O coração fala através de palavras apenas quando elas são confirmadas por acções. … Ninguém vê o que está nele escondido, mas só o que o seu trabalho revela. Portanto o homem deveria trabalhar continuamente para descobrir o que Deus lhe deu". 
De facto, Paracelso afirmava que o trabalho (Arbeit) devia ser o princípio geral ordenador da sociedade. Ele foi mesmo ao ponto de defender a expropriação da fortuna dos bens dos ricos ociosos, de forma a compeli-los a terem uma vida produtiva. 


Como podemos ver, a ideia de universalizar o trabalho e a educação, na sua indissociabilidade, remonta há muito na história. É portanto muito significativo que esta ideia tenha permanecido apenas como uma ideia bastante frustrada, dado que a sua realização pressupõe necessariamente a igualdade substantiva de todos os seres humanos. O facto grave de que o desumanizante tempo de trabalho dos indivíduos seja também a maior parte do seu tempo de vida, teve de ser rigidamente ignorado. As funções controladoras da reprodução metabólica social tiveram de ser separadas e opostas à esmagadora maioria da humanidade, destinada à execução de tarefas subordinadas num determinado sistema político e sócio-económico. No mesmo espírito, não só o controlo do trabalho estruturalmente subordinado como também a dimensão do controle da educação tinha de ser mantido num compartimento separado, sob o domínio das personificações do capital na nossa época. É impossível mudar a relação de dominação estrutural e subordinação sem a percepção da verdade – substantiva e não apenas igualdade formal (que é sempre profundamente afectada, se não completamente anulada pela dimensão substantiva realmente existente). É por isto que apenas dentro da perspectiva de ir para além do capital o desafio de universalizar o trabalho e a educação, na sua indissolubilidade, pode surgir na agenda histórica.


Na concepção de educação há muito dominante os governantes políticos e os governados, assim como os privilegiados educacionalmente (quer se trate dos indivíduos empregados como educadores ou como administradores no controlo das instituições educacionais) e aqueles que têm de ser educados, aparecem em compartimentos separados, quase estanques. Um bom exemplo desta visão é expresso no artigo sobre "Educação" publicado na reputada e culta última edição da Encyclopaedia Britannica. E diz o seguinte:
"A acção do Estado moderno não pode parar um pouco antes da educação elementar. O princípio da "carreira aberta ao talento" não é mais um assunto de teoria humanitária abstracta, uma aspiração fantástica de sonhadores revolucionários; para as grandes comunidades industriais do mundo moderno é uma necessidade prática convincente imposta pela concorrência internacional feroz que prevalece nas artes e nas indústrias da vida. A nação que não queira falhar na luta pelo êxito comercial, com tudo o que isso implica para a vida nacional e para a civilização, deve considerar que as suas indústrias sejam alimentadas com uma oferta constante de trabalhadores adequadamente equipados tanto em termos de inteligência geral como de treino técnico. Também no terreno político, a crescente democratização das instituições torna uma vasta difusão de conhecimentos e o florescimento de um alto padrão de inteligência entre o povo um cuidado evidente do estadista prudente, especialmente para os grandes Estados imperiais, os quais confiam as mais momentosas questões do mundo político ao arbítrio da voz popular ". 
Mesmo nos seus próprios termos de referência este artigo académico – sem dúvida impressionante na sua avaliação histórica – é bastante defeituoso, devido a razões ideológicas claramente identificáveis. Pois exagera grandemente os efeitos benéficos da "concorrência internacional feroz" de capitais nacionais sobre a educação do povo trabalhador. O livro profundo de Harry Braverman intitulado "The Degradation of Work in the Twentieth Century" faz uma avaliação incomparavelmente melhor das forças alienantes e brutalizantes em acção na moderna empresa capitalista. Elas lançam uma luz negativa penetrante sobre a deturpação da "luta pelo êxito comercial" acerca da qual o autor deste artigo postula um impacto "civilizador" quando na realidade muitas vezes o resultado necessário é diametralmente oposto. E mesmo relativamente a empresas industriais específicas, a chamada "gestão científica" de Frederic Winslow Taylor revela o segredo de quão elevados devem ser os requisitos educacionais/intelectuais das firmas capitalistas para dirigirem uma operação competitivamente bem sucedida. Como F. W. Taylor, o fundador deste sistema de controlo de gestão, escreve com um indisfarçado cinismo:
"Um dos primeiros requisitos para um homem ser apto a lidar com ferro-gusa como ocupação regular é que ele deve ser tão estúpido e tão fleumático que mais se assemelhe no seu quadro mental a um boi do que a qualquer outro tipo. … O operário que melhor se adequa a lidar com ferro-gusa é incapaz de compreender a verdadeira ciência de realizar esta classe de trabalho. Ele é tão estúpido que a palavra 'percentagem' não tem qualquer significado para ele.
De facto muito científico! Quanto à proposição segundo a qual "uma ampla difusão de conhecimento e o cultivo de um alto padrão de inteligência" é o objectivo felizmente adoptado pelo moderno estado capitalista – " especialmente para os grandes estados imperiais que confiam os assuntos mais importantes da política mundial à decisão da voz popular " – é ridículo demais e obviamente muito apologético no carácter para ser considerado, sequer por um momento, como argumento sério a favor das causas invocadas de melhoria da educação inspiradas democraticamente e politicamente iluminadas sob as condições de domínio do capital sobre a sociedade.


EDUCAÇÃO para além do capital contempla uma ordem social qualitativamente diferente. Agora não só é possível embarcar na estrada que nos leva até essa ordem como também é necessário e urgente. Pois as incorrigíveis determinações destrutivas da ordem existente tornam imperativo contrapor aos antagonismos estruturais irreconciliáveis do sistema capitalista uma alternativa positiva sustentável para a regulação da reprodução metabólica social se quisermos assegurar as condições elementares da sobrevivência humana. O papel da educação, orientado pela única perspectiva positivamente viável de ir para além do capital, é absolutamente crucial a este propósito.


A sustentabilidade equivale ao controlo consciente pelos produtores associados livremente do processo de reprodução metabólico social, em contraste com a indefensável, estruturalmente estabelecida rivalidade e destrutibilidade última da ordem reprodutiva do capital. É inconcebível ocasionar este controlo consciente dos processos sociais – uma forma de controlo que por acaso também é a única forma possível de auto-controlo: o requisito necessário para serem produtores associados livremente – sem activar totalmente os recursos da educação no sentido mais amplo do termo.


O grave e inultrapassável defeito do sistema capitalista consiste na alienação de mediações de segunda ordem que têm de ser impostas a todos os serem humanos, incluindo as personificações do capital. De facto, o sistema capitalista não conseguiria sobreviver durante uma semana sem as suas mediações de segunda ordem: principalmente o Estado, a relação de troca orientada para o mercado, e o trabalho na sua subordinação estrutural ao capital. Elas são necessariamente interpostos entre indivíduos e indivíduos, assim como entre indivíduos particulares e as suas aspirações, virando os últimos de "cabeça para baixo" e "às avessas", de forma a conseguir subordiná-los a imperativos fetichistas do sistema capitalista. Por outras palavras, estas mediações de segunda ordem impõem uma forma alienada de mediação à humanidade. A alternativa positiva a esta forma de controlar a reprodução metabólica social apenas pode ser a auto-mediação, na sua inseparabilidade do auto-controlo e da auto-realização através da liberdade e igualdade substantiva, numa ordem social reprodutiva conscientemente regulada pelos indivíduos associados. É também inseparável dos valores escolhidos pelos próprios indivíduos, de acordo com as suas necessidades genuínas, em vez de lhes serem impostos – sob a forma de apetites perfeitamente artificiais pelos imperativos reificados da acumulação lucrativa do capital, como é o caso hoje. Nenhum destes objectivos emancipadores é concebível sem a intervenção mais activa da educação entendida na sua orientação positiva no sentido de uma ordem social para além do capital.


Vivemos numa ordem social na qual mesmo os requisitos mínimos da realização humana são insensivelmente negados à esmagadora maioria da humanidade, enquanto a produção de desperdício assumiu proporções proibitivas, de acordo com a mudança da reclamada " destruição produtiva " do capitalismo no passado para a realidade mais dominante hoje da produção destrutiva. As desigualdades sociais gritantes em evidência actualmente, e ainda mais pronunciadas no seu desvelado desenvolvimento, são bem ilustradas pelos seguintes números:
"Segundo as Nações Unidas, no seu Relatório sobre o Desenvolvimento Humano, o 1% mais rico do mundo recebe tanto de rendimento quanto os 57% mais pobres. O intervalo de rendimentos entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres no mundo aumentou dos 30 para 1 em 1960, para 60 para 1 em 1990 e para 74 para 1 em 1999, e estima-se que atinja os 100 para 1 em 2015. Em 1999-2000, 2,8 biliões de pessoas viviam com menos de 2 dólares por dia, 840 milhões estavam subnutridos, 2,4 biliões não tinham acesso a qualquer forma melhorada de serviços de saneamento, e uma em cada seis crianças no mundo em idade de frequentar a escola primária não estavam na escola. Estima-se que cerca de 50% da força de trabalho não agrícola ou está desempregada ou sub-empregada. 
O que está aqui em jogo não é simplesmente o défice de contingente dos recursos económicos disponíveis, a serem ultrapassados mais cedo ou mais tarde, como prometido graciosamente, mas o défice estrutural necessário de um sistema que opera através dos seus círculos viciosos de desperdício e de escassez. É impossível sair deste círculo vicioso sem a intervenção positiva da educação, capaz simultaneamente de estabelecer prioridades e de definir as genuínas necessidades com as totais e livres deliberações dos indivíduos em causa. De outro modo, a escassez pode ser e será reproduzida numa escala sempre crescente, em conjunção com a geração de necessidades artificiais absolutamente devastadora, como tem sido feito actualmente, ao serviço loucamente orientada auto-expansão do capital e da acumulação contra-producente.


Uma concepção rival positivamente articulada de educação para além do capital não pode ser confinada a um número limitado de anos na vida dos indivíduos mas, devido às suas funções radicalmente mudadas, abarca-os a todos. A "auto-educação de iguais" e a "auto-gestão da ordem social reprodutiva" não podem ser separadas uma da outra. A auto-gestão – pelos produtores livremente associados – das funções vitais do processo metabólico social é um empreendimento progressivo – e inevitavelmente em mudança. O mesmo vale para as práticas educacionais que habilitam o indivíduo a realizar essas funções como constantemente redefinidas por eles próprios, de acordo com os requisitos em mudança dos quais eles são agentes activos. A educação, neste sentido, é verdadeiramente " educação contínua ". Nem pode ser "vocacional" (o que significa nas nossas sociedades o confinamento das pessoas envolvidas a funções utilitaristas estreitamente pré-determinadas, privadas de qualquer poder decisório), nem "geral" (que deve ensinar aos indivíduos, de forma paternalista, as "artes do pensamento"). Estas noções são as presunções arrogantes de uma concepção baseada numa totalmente insustentável separação das dimensões prática e estratégica. Portanto a "educação contínua", como um constituinte necessário dos princípios reguladores de uma sociedade para além do capital, é inseparável da prática significativa da auto-gestão. É uma parte integral desta última quer como representação no início da fase de formação na vida dos indivíduos, e, por outro lado, no sentido de permitir um feedback positivo dos indivíduos educacionalmente enriquecidos, com as suas necessidades mudando apropriadamente e redefinidas equitativamente, para a determinação global dos princípios orientadores e objectivos da sociedade.


A nossa graduação histórica é definida pela crise estrutural do sistema capitalista global. Está na moda falar, com total auto-complacência, sobre o grande êxito da globalização capitalista. Um livro recentemente publicado e propagandeado devotamente tem o título: Why Globalization Works. Contudo o autor, que é o Chief Economics Commentator do Finantial Times de Londres, esquece-se de fazer a pergunta realmente importante: Para quem é que funciona?, se é que funciona. Certamente funciona, por enquanto, e de modo algum assim tão bem, para os decisores do capital transnacional, mas não para a esmagadora maioria da humanidade que tem de sofrer as consequências. E nenhuma quantidade de "integração jurisdicional" advogada pelo autor – isto é, em inglês simples, o controle directo mais apertado dos deplorados "demasiados estados" por uma mão cheia de poderes imperialistas, especialmente o maior deles – vai conseguir remediar a situação. Na realidade a globalização capitalista não funciona nem pode funcionar. Pois não pode ultrapassar as contradições irreconciliáveis e os antagonismos manifestos através da crise estrutural global do sistema. A própria globalização capitalista é a manifestação contraditória dessa crise, tentando vencer a relação causa/efeito numa tentativa vã de curar alguns efeitos negativos através de outros efeitos desejadamente projectados, porque é estruturalmente incapaz de se dirigir às suas causas.


A nossa época de crise estrutural global do capital é também a época histórica de transição da ordem social existente para uma qualitativamente diferente. Estas são as duas características fundamentais definidoras do espaço histórico e social no seio do qual os grandes desafios para quebrar a lógica do capital, e ao mesmo tempo também a elaboração de planos estratégicos para a educação para além do capital, devem ser conhecidos. Portanto a nossa tarefa educacional é simultaneamente a tarefa de uma transformação social ampla emancipadora. Nenhuma das duas pode ser posta à frente da outra. Elas são inseparáveis. A transformação social emancipadora radical requerida é inconcebível sem a contribuição positiva mais activa da educação no seu sentido amplo, como foi descrito nesta palestra. E vice-versa: a educação não pode funcionar suspensa no ar. Ela pode e deve ser articulada adequadamente e redefinida constantemente no seu interrelacionamento dialéctico com as condições em mudança e as necessidades da transformação social emancipadora progressiva. As duas têm êxito ou falham, sustêm-se ou caem juntas. Cabe-nos a todos – todos, porque sabemos bem demais que "os educadores também têm que ser educados" – a sua manutenção e não a sua queda. Os riscos são demasiadamente elevados para se contemplar a hipótese de fracasso.


Neste empreendimento as tarefas imediatas e os seus enquadramentos estratégicos globais não podem ser separados, e opostos, uns aos outros. O êxito estratégico é impensável sem a realização das tarefas imediatas. De facto, o próprio enquadramento estratégico é a síntese global de inúmeras, sempre renovadas e expandidas, tarefas imediatas e desafios. Mas a solução dos últimos é possível apenas se a abordagem ao imediato for informada pela sintetização do enquadramento estratégico. Os passos mediadores em direcção ao futuro – no sentido da única forma viável de auto-mediação – apenas podem iniciar-se do imediato, mas iluminados pelo espaço que pode legitimamente ocupar na estratégia global orientada pelo futuro contemplado.

[*] Intervenção na abertura no Fórum Mundial de Educação, Porto Alegre, Brasil, 28/Jul/2004. Tradução de T. Brito.

Este ensaio encontra-se em http://resistir.info/ .

Novo programa deve agilizar análise socioeconômica para concessão de auxílios

A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proest) lançou um Edital que visa facilitar o processo de seleção nos Programas oferecidos pela Política de Assistência Estudantil da UFT - o Programa de Indicadores Sociais (Piso). A inscrição no Piso dará ao aluno uma análise econômica concreta e única. Assim, a análise  fornecida pelo Piso servirá para que ele possa pleitar todos os editais da Proest - seja de auxílio permanência, alimentação ou de moradia.

Segundo o diretor de Assistência Estudantil, José Inácio dos Santos, é importante ressaltar que a inscrição no Piso não substitui a inscrição nos editais. Ou seja, o aluno deverá se inscrever e participar de toda as seleções em editais que lhe interessem. "Por exemplo: se saem três editais - um de alimentação, um de moradia e outro de alimentação - , não será mais necessário que o aluno envie a documentação para análise econômica para os três editais. O piso oferece uma análise única que serve para todas as seleções", explica Santos.

De acordo com o Edital do Piso, o aluno que pleiteia participar de algum dos programas deve estar atento a algumas questões, como:
  • Os alunos atualmente beneficiados com algum programa precisam se inscrever no Piso mas a inscrição servirá para seleções posteriores a qual ele se encontra.
  • Todos os alunos que se enquadrem em situação de vulnerabilidade social e sejam matriculados em cursos presenciais da UFT devem fazer a inscrição.
  • O aluno que fizer tiver a inscrição deferida, ao realizar a inscrição de algum edital pelo Cubo não precisará preencher as três primeiras etapas, pois automaticamente o sistema abrirá na quarta etapa.
O pró-reitor de Assuntos Estudantis, Kherlley Barbosa, pontua que a Proest vem inovando no quesito de seleções. Primeiro com o lançamento do Cubo que substituiu papéis e deslocamento de alunos em facilidade de inscrições online que são precisas e rápidas. Agora o lançamento do Piso permite que o aluno tenha uma única análise econômica que permite mais agilidade. "Estamos dando celeridade nos processos. Quanto mais rápida a análise socioeconômica, mais rápido é feito o processamento do pagamento do estudantes. Além disso, o sistema permite fazer uma panorama concreto de como é a condição socioeconômica e étnica dos alunos da UFT", conclui.

Inscrições e edital

O edital do Piso já está disponível na página da UFT. As inscrições para este semestre ficam abertas de 5 a 16 de outubro deste ano. A inscrição é feita somente online através do  Sistema Cubo. O aluno deve está com toda a documentação necessária listada no edital transformada em apenas um arquivo PDF para ser enviada. No edital, há um padrão de como deve ser estruturado esse documento. Conheça os critérios de participação, bem como informações mais detalhadas sobre o procedimento acessando o edital.