quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Nota de Apoio do Centro Acadêmico de Filosofia - CAFIL a Chapa 2 nas Eleições do DCE-UFT.

O Movimento Estudantil na UFT vive um momento importante com às eleições do DCE, sobretudo após um longo período de vacância. O que muito prejudicou a representatividade das e dos estudantes na universidade.

Nesse contexto de disputa abri-se para nós a oportunidade de reconstrução do movimento estudantil na UFT - é hora de se desfazer de figuras que já não representam os anseios e desejos das e dos estudantes. Bem como caminhar numa perspetiva de construção da luta coletiva, óbvio, sem esquecer das especificidades de cada realidade.

Diante dessa conjuntura, o CAFIL/UFT - Gestão Despertar é preciso! não pode ficar neutro. Por isso viemos através desta declar nosso apoio a Chapa 2 - Uma Universidade, Sete Realidades.

Compreendemos que os camaradas da chapa 2, representam exatamente aquilo que defendemos - a preocupação com a luta coletiva, sem esquecer das especificidades de cada realidade. Para nós isso ficou claro no CEB realizado em Araguaina, onde os camaradas desempenharam um papel fundamental. Tirando o movimento estudantil da UFT (a nível regional) da inércia que se encontrava.

Por tudo isso, nós do Centro Acadêmico de Filosofia - Gestão Despertar é preciso! Não só declaramos o nosso apoio incondicional a Chapa 2, como também fazemos um chamado para que todas as estudantes e os estudantes do curso de Filosofia, bem como dos demais cursos, no dia 05 de setembro, votem na chapa 2 - Uma Universidade, Sete Realidades.

Saudações revolucionárias,

Coordenação Geral do Centro Acadêmico de Filosofia - CAFIL/UFT - 
Gestão Despertar é preciso! 🌹

Palmas - TO. Lua Nova. Verão de 2017.

Participe do Debate Entre Representantes das Chapas Concorrentes no Processo Eleitoral do Diretório Central Estudantil (DCE-UFT 2017) no Campus de Palmas

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – DCE/UFT
COMISSÃO ELEITORAL

CONVITE

A Comissão Eleitoral do Diretório Central Estudantil, atuante no processo eleitoral 2017 pertinente aos acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins, vem por meio do presente CONVIDAR A COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS para assistir o debate entre representantes das chapas concorrentes no processo eleitoral do Diretório Central Estudantil (DCE-UFT 2017), que irá ocorrer no dia 01 de SETEMBRO de 2017, às 20:00 horas no Auditório do Bloco G - Campus Palmas. Contamos com a presença de cada uma e cada um para construção de um processo eleitoral democrático;

Atenciosamente,

Pedro Ferreira Nunes
Pela Comissão Eleitoral


Palmas-TO, 30 de Agosto de 2017.

ASSEMBLEIA ESTUDANTIL DO CAMPUS DE PALMAS - QUINTA-FEIRA (31/08) ÁS 16H NO HALL DA BIBLIOTECA

Convocamos as entidades estudantis do Campus de Palmas para Assembleia Geral, que será realizada nesta quinta-feira (31/08) ás 16h, no hall da biblioteca. Tendo como ponto de pauta: A indicação de representantes para Comissão de Votação e Apuração da Eleição do DCE, que ocorrerá dia 05 de Setembro de 2017.

Atenciosamente,

Centro Acadêmico de Filosofia – CAFIL/UFT


Palmas-TO. 29 de Agosto de 2017.

XX Colóquio de Filosofia - 25 a 28 de setembro de 2017


V Encontro de Cultura das Universidades Públicas da Região Norte credencia artistas para apresentações culturais

A Universidade Federal do Tocantins (UFT), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex), publicou na ultima segunda-feira, 07, um edital de Chamada Pública para Credenciamento de Artistas que tenham interesse em participar das atividades artísticos-culturais do V Encontro de Cultura das Universidade Públicas da Região Norte.  O evento, que ocorrerá de 09 a 12 de outubro, será sediado pela primeira vez na UFT e será no Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte (Cuica) no Câmpus de Palmas. Acesso site do evento aqui.
A inscrição termina no dia 29 de aposto e poderão se inscrever alunos lotados em qualquer câmpus da Universidade, alunos das IES do estado do Tocantins e artistas da comunidade externa,  incluindo manifestações culturais  de  tradição  e  dos  diversos  segmentos  culturais  e  étnicos  da  cultura tocantinense, tais como: musicais,  dança,  teatro,  circo,  cinema  e  vídeo,  literatura,  artes plásticas,fotografia,  folclore,  capoeira e artesanato.
As inscrições de credenciamento acontecerão somente de forma online por meio do  link divulgado no edital. No formulário o/s artista/s deverão  informar através de release  (texto  informativo) o  trabalho  artístico que  desenvolve, e ainda poderão indicar links do youtube,sites,páginas de redes sociais e correlatos que utilizam para  divulgar  seus  trabalhos.Na  ausência  desses  meios,  o  material  de  divulgação deverá  ser enviado para e-mail cultura@uft.edu.br. O resultado do credenciamento será divulgado no dia 04 de setembro.
V Encontro de Cultura das Universidades Públicas da Região Norte
O Encontro de Cultura foi sediado pela primeira vez na Universidade Federal de Roraima (UFRR). No ano seguinte, pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Em 2015  pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR)  e sua última edição pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O evento tem como objetivo apresentar à comunidade o resultado das políticas culturais das universidades públicas da região Norte, estimular o protagonismo estudantil na área cultural, promover as discussões sobre a implementação das políticas culturais previstas no Plano Nacional de Cultura, discutir o acesso à arte e à cultura na região e estimular a discussão sobre a gestão pública da cultura.

Professor José Miranda fala sobre Filosofia e Politica no Café com Filosofia UFT


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

CAMISETAS DO CURSO DE FILOSOFIA

📢 Atenção chicas y chicos da Filosofia

Faremos uma nova leva de camisetas do curso. E os interessados deveram nos procurar para garantir a sua.

A arte é a mesma do período anterior, tal como o valor (R$ 22,00). Às opções de cores são: Cinza, preto e branco. E os modelos masculino e feminino.

Fiquem atentos às seguintes datas:

23/08 á 04/09 - Pedidos e pagamentos (o pagamento deve ser feito antecipadamente);

05/09 - Encaminhamento do pedido para gráfica (só será encaminhado para gráfica o pedido pago antecipadamente);

12/09 - Entrega das camisetas.

Não perca essa oportunidade que será o último pedido de camiseta do curso de filosofia desse ano.

Atenciosamente,

Coordenação Geral do Centro Acadêmico de Filosofia - CAFIL/UFT
Gestão Despertar é preciso! 🌹




Duas Chapas disputam o Diretório Central de Estudantes (DCE-UFT)

Antonio Carlos Ribeiro
O Presidente da Comissão Eleitoral do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (DCE-UFT), Hudson Nascimento de Sousa Filho (Geografia-Araguaína), explicou que as chapas Uma Universidade: Sete Realidade, e Amanhã há de ser outro dia, que se diz de oposição, foram homologadas em debates realizados de 1 a 7 de agosto.

Hudson Nascimento de Sousa Filho, Presidente da Comissão Eleitoral do DCE-UFT 
(foto: Antonio Carlos Ribeiro) 

Quatro chapas se inscreveram, mas houve duas que não foram homologadas, segundo ele, por terem ferido o Regimento Eleitoral do DCE-UFT, apresentando um candidato em duas chapas distintas, pelo que foram rejeitadas. A Comissão Eleitoral DCE-UFT recebeu apoio de 35 entidades de base, como os Diretórios Acadêmicos e Centros Acadêmicos dos diversos câmpus, com participação prevista no Regimento Eleitoral.

As eleições serão realizadas no dia 5 de setembro de 2017, com os votos sendo depositados em urnas eleitorais em todos os campus da UFT. Sousa Filho informou ainda que neste momento as chapas estão debatendo pautas e elaborando propostas, em seus câmpus e em redes sociais na internet, que logo serão apresentadas aos estudantes. Destacou ainda que o pleito será dirigido pela Comissão de Votação e Apuração (CVA) nos sete câmpus da UFT.

CAFE COM FILOSOFIA UFT - 2da temporada - EDUCAÇÃO


EDITAL PARA ELEIÇÃO DO DIRETÓRIO ACADÊMICO DE PALMAS ISABEL AULER (2017/2018).

A Comissão Eleitoral do DAPIA/UFT, no uso de suas atribuições legais, torna público o EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ELEIÇÃO DO DAPIA/2017, que ocorrerá de acordo com o seguinte cronograma:
a) Inscrição das chapas; Data: 28/08/2017 a 04/09/2017.
b) Prazo para recurso de legitimidade das chapas; Data: 05/09/2017.
c) Analise de recurso de legitimidade das chapas; Data: 05/09/2017.
d) Homologação das chapas inscritas; Data: 06/09/2017.
e) Período de campanha; Data: 07/09/2017 a 26/09/2017.
f) Eleição; Data: 27/09/2017.
g) Apuração dos votos; Data: 27/09/2017.
h) Publicação da apuração dos votos; Data: 28/09/2017.
i) Homologação oficial do resultado; Data: 02/10/2017.
EDITAL CONVOCATÓRIO: https://goo.gl/cCki6N
ESTATUTO DO DAPIA/UFT: https://goo.gl/5GbSeu
REGIMENTO ELEITORAL DAPIA/UFT: https://goo.gl/gVmipV
Comissão Eleitoral DAPIA/UFT 2017
Hélcio Walter Vieira
Bárbara Angélica Barbosa
Fellyphe Gonzaga Carvalho
Karina Custódio Sousa
Gabriela Mendes

CONVITE


Momentos da Recepção dos Calouros de Filosofia e Teatro








Informe da 7º Reunião Ordinária do Colegiado de Filosofia

Ocorreu nesta terça-feira (08/08) a 7º reunião ordinária do colegiado de filosofia do ano de 2017. E teve como pontos de pauta: 1- Informes; 2- Discussão e aprovação da ata; 3- Projeto de pesquisa do professor Diógenes Galdino; 4- Flexibilização no horário do professor Fábio Duarte; 5- Afastamento da professora Raquel Castilho; 6- Solicitação de reingresso ao curso: académico Tassio Paz; 7- Kit do professor; 8- Permuta de disciplinas; 9- Proposta de disciplinas para o núcleo comum; 10- Página da filosofia e biblioteca setorial.
A reunião teve inicio com a apresentação do professor Dr. Cláudio Abreu (especialista em filosofia contemporânea e com experiência docente na UFPR e na Argentina) que chega para substituir o professor João Francisco.
Em seguida abriu-se para os informes. E o CAFIL/UFT aproveitou para informar a cerca da participação no Enefil, a criação da Enef, a recepção dos calouros e as eleições para o DCE-UFT. A coordenação deu informes de suas atividades bem como os docentes das suas.
Em seguida iniciou a discussão sobre a ata da reunião anterior e votação, sendo aprovada por unanimidade. Também foi por unanimidade aprovado o projeto de pesquisa do professor Diógenes Galdino sobre elaboração de material didático para pessoas com deficiência.
O colegiado também aprovou o afastamento da professora Raquel Castilho em 2018 para o seu doutoramento, bem como a flexibilização do horário do professor Fábio Duarte, que dividirá a disciplina de Política com o professor Cláudio Abreu.
Em relação a solicitação do discente Thassio Paz para retornar ao curso, por maioria o colegiado definiu que cabe a prograd decidir sobre essa solicitação. O CAFIL/UFT votou contrário, isto é, para que o colegiado se manifestasse favoravelmente a solicitação.
Sobre o kit do professor(chaves das salas e controle dos ar-condicionas) a coordenação informou que está buscando junto a prefeitura do campus viabilizar o mesmo. Já sobre a permuta das disciplinas entre os professores, será feito uma consulta por email para vê a disponibilidade e disposição para tanto.
Filosofia da educação, Sociologia da educação, Psicologia da aprendizagem, Didática e Currículos, são às disciplinas que o colegiado de filosofia aprovou de forma unanime para fazer parte do núcleo comum com o teatro. A proposta será apresentada na reunião de área. Introdução a filosofia e estética passaram a fazer parte do núcleo especifico do curso de filosofia.
Por fim, discutiu-se como está a criação da página da filosofia na internet e a construção da biblioteca setorial. Em relação a página os professores precisam atualizar e passar seus dados para pagina poder ir ao ar. Já a biblioteca depende da chegada do mobiliário. Mas a mesma já conta com 82 títulos, 13 periódicos e vários DVD' s. E esta aberta para receber mais doações. 
Atenciosamente,

Coordenação Geral do Centro Acadêmico de Filosofia- CAFIL/UFT. 
Gestão Despertar é preciso! 🌹

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Construir pontes, derrubar muros: O Papel do movimento estudantil na Universidade.


RECEPÇÃO DOS CALOUROS DE FILOSOFIA E TEATRO

Construir pontes, derrubar muros:
O Papel do movimento estudantil na Universidade.

19h – Abertura

- Apresentações artísticas:

- Markeilane Batista (Voz e violão);

- Exibição da peça: Por trás da porta.

19h50 – Roda de Conversa: Os desafios da conjuntura e o papel do Centro Acadêmico e do Movimento estudantil na Universidade.

 - Keila Assis (acadêmica do Curso de Teatro)

- Pedro Ferreira Nunes (Centro Acadêmico de Filosofia – UFT)

- Catherinne Melo (Mestranda do curso profissional de Filosofia e ex-coordenadora do Centro Acadêmico de Filosofia)

- Denis Casima (Aluno Egresso, Ex-presidente do Centro Acadêmico de Teatro e Professor da Rede Estadual de Educação)

20h40 – Dialogo:

21h00 – Sorteio do kit da campanha financeira para o ENEFIL e distribuição de materiais.

21h20 – Informes

21h40 – Encerramento com a apresentações artística.

Organização: Centro Acadêmico de Filosofia – CAFIL/UFT. Gestão Despertar é preciso!
E Acadêmicos do Curso de Teatro.

O Brasil não pode renunciar a filosofar, mas precisa refundar seu discurso-práxis desde sua condição e a partir de seus sujeitos epistemológico-políticos


Leno F. Danner
Universidade Federal de Rondônia
G.P. Teoria Política Contemporânea

Vitor Cei
Universidade Federal de Rondônia
G.P. Ética, Estética e Filosofia da Literatura
Historicamente, a Filosofia no Brasil costuma seguir padrões e métodos ditados pelos centros intelectuais que possuem tradições filosóficas próprias, como Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. No entanto, há vários anos assistimos no país à discussão sobre a necessidade de uma língua filosófica própria, que permita um amplo e consistente debate de ideias. Apesar dos esforços contínuos para consolidar uma tradição de pensamento (e esta Coluna da ANPOF é apenas um dos exemplos), ainda falta à Filosofia Brasileira uma maior atenção aos grandes temas nacionais e regionais, assim como falta a essa mesma Filosofia Brasileira uma séria atenção e tematização relativamente à nossa condição –social, política, cultural e epistêmica – frente à própria noção de cultura, de sociedade e, nesse caso, de episteme desenvolvida desde a filosofia europeia e norte-americana.
Uma das autocríticas mais recorrentes na tradição do pensamento filosófico brasileiro é a da ausência de um debate público sobre as grandes questões que afetam o país e o mundo contemporâneo. Os nossos filósofos teriam se limitado a estudar a História da Filosofia, a fazer exegese dos textos da tradição ocidental. Autores como Machado de Assis, Roberto Schwarz e Sérgio Buarque de Holanda argumentam que, enquanto na Europa as diferentes correntes filosóficas apresentam conexões internas com as realidades histórico-sociais nas quais se inserem, no Brasil as condições materiais, históricas e políticas pouco influenciaram as ideias e raras vezes foram transformadas pelas mesmas. Reveladora é a machadiana Teoria do Medalhão, que alveja o vício das palavras grandiloquentes com riso zombeteiro, mostrando de que modo as ideias eram transformadas em signo material de distinção, anulando qualquer potencial reflexivo.
A precariedade do meio intelectual brasileiro é objeto frequente da indignação dos filósofos brasileiros desde o final do século XIX. E Sílvio Romero – para quem o intelectual brasileiro havia de continuar a andar em massa mais de um século atrás dos povos “inteligentes”, repetindo-lhes as “grandes idéias” – não me deixa mentir. Autores como Romero, fascinados com o bando de ideias novas que chegavam da Europa, viam os brasileiros como bárbaros que precisavam receber um banho de civilização – contrariando, assim, a própria etimologia da palavra grega, que se refere ao estrangeiro.
Não se trata mais de demonizar essa condição colonial, mas sim de pensar a condição brasileira para além da tradição europeia, o que demanda uma reflexão sobre as limitações ou até sobre o sentido unidimensional da filosofia ocidental, que é em primeiro lugar europeia e norte-americana – limites que a Coluna ANPOF tem colocado em debate. Note-se, por exemplo, que não temos nenhum filósofo ou nenhuma filósofa nesse santuário que é a filosofia ocidental. Note-se, no mais das vezes, que sequer somos citados pelos filósofos eurocêntricos. Mais do que um descaso deles em relação a nós (o que também é verdade), trata-se de uma inexpressividade nossa que devém de nosso servilismo à glosa pura e simples da história da filosofia, ao fato de que somos, portanto, de modo fundamental, historiadores da filosofia. Diga-se de passagem que ainda estamos longe de ter o nosso santo ou na nossa santa naquele altar!
A comunidade filosófica atual, ao contrário de Sílvio Romero, não está presa aos encantos do transoceanismo. Pelo contrário, temos acompanhado um estimulante e necessário debate sobre a idiossincrasia da Filosofia no Brasil, ou, como preferem alguns, do filosofar brasileiro. Carla Rodrigues, Filipe Ceppas, José Crisóstomo de Souza, Julio Cabrera, Rafael Hadock-Lobo, Renato Noguera, Ronie Alexsandro Teles da Silveira, Vladimir Safatle e Renato Janine Ribeiro, dentre outros, mostram a força potencializadora da ágora, matriz de força do trabalho intelectual. Ao rejuvenescer questões longamente amadurecidas e nos alimentar com a experiência acumulada pelos debates, esta Coluna pode contribuir para a elaboração de novos conceitos para pensar problemas que não podem ser tratados de forma satisfatória pelas teorias disponíveis no cânone ocidental.
A precariedade do meio intelectual, objeto frequente da indignação de filósofos do passado, não pode mais ser percebida como pura negatividade ou contingência, mas deve ser tratada como condição inerente ao filosofar no Brasil. Se um Sílvio Romero e um João Cruz Costa ficaram célebres por lamentarem que a cultura filosófica brasileira seria simples glosa do pensamento europeu, hoje nós precisamos ter atitude distinta, tratando a indigência intelectual predominante em nosso tempo como consequência de uma sociedade fundada em poderosos procedimentos de exclusão sobre os quais os filósofos devem refletir.
Não se trata mais de repetir o velho bordão colonizador e lamuriar que o conhecimento nos países ditos “subdesenvolvidos” se apresenta sempre defasado em relação às nações supostamente “desenvolvidas”, em função de sua situação de dependência para com esses centros avançados e o consequente estatuto mimético dos esforços intelectuais subalternos. Trata-se, antes, de avaliar a tensão entre culturas hegemônicas e não hegemônicas tendo em vista transformação da condição periférica em fator potencialmente produtivo.

“Pode o Brasil renunciar a filosofar?”, perguntou Renato Janine Ribeiro em texto publicado nesta Coluna ANPOF no dia 30 de maio e em 05 de junho de 2017. O Brasil não pode renunciar a filosofar, respondemos. Mais do que nunca se faz necessário pensar problemas concretos – racismo, machismo, crise política, pemedebismo, judicialização da política, fundamentalismo religioso, ascensão conservadora – e criar novos conceitos, cultivando um desconforto intelectual diante do horizonte da dinâmica teórico-política brasileira contemporânea.
A construção da ciência e, em nosso caso, a construção da filosofia enquanto instituição e desde ela, de todo modo, não têm condições de ser sustentadas como algo asséptico e autorreferencial, um exercício auto-subsistente e, em grande medida, autônomo em relação seja à vinculação sociocultural, seja ao seu sentido político e politizante derivado do contexto e das condições de que se emerge. Além disso, uma filosofia brasileira madura e que se valoriza não pode mais ser história da filosofia nem tê-la como centro. Nossos mais renovados filósofos e filósofas não podem simplesmente ser os grandes comentadores de história da filosofia. Precisam ser políticos e educadores ao mesmo tempo. Talvez aqui esteja o grande desafio político da filosofia brasileira em termos de problematização de sua situação atual, no Brasil primeiramente, na América Latina em segundo lugar e, por fim, em terceiro, em termos de globalização cultural-econômica: vincular-se mais às discussões em torno à nossa condição sociocultural, à fundamentação de nossas instituições público-políticas, à correlação com nossos atores político-culturais e, por fim, à própria noção de modernidade-modernização que serve de paradigma em termos teórico-políticos para nossa compreensão de nós mesmos e da modernidade central.
No mesmo sentido, nossa filosofia acadêmica pode e deve correlacionar a noção de modernidade ocidental fundada em pressupostos e em desenvolvimentos próprios ao contexto eurocêntrico com as especificidades e condições de nossa constituição sociocultural periférica. Afinal, há todo um grande discurso filosófico-sociológico ou normativo-institucional da modernidade sobre si mesma, ao qual nos ligamos teoricamente em nossa academia, mas nos falta exatamente um discurso filosófico-sociológico próprio, por exemplo, ao colonialismo e desde ele, próprio ainda à periferização e desde ela. Isso nos permitiria, por um lado, confrontar de modo mais incisivo e realista o discurso filosófico-sociológico da modernização central sobre si mesma, inclusive sobre o modo como ela percebe e afirma o outro da modernidade, seu antípoda, bem como, por outro, desvelar, afirmar e desenvolver a nossa voz-práxis como periferia do processo de modernização.

Veja-se, por exemplo, no nosso caso, as riquíssimas tradições culturais, normativas e simbólicas indígenas e africanas, assim como, no âmbito mais geral da América Latina, toda a vasta e multifacetada cultura originada das sínteses entre formas de vida, processos civilizacionais e valores totalmente heterogêneos, que são fundidos pelos colonizadores e reinventada pelos colonizados em um amálgama polêmico e explosivo que leva exatamente a nós. Enfim, se, como sugere de modo muito perspicaz Renato Janine Ribeiro, a filosofia brasileira tem se reduzido basicamente a uma glosa da tradição filosófica europeia e centrado suas análises mais no estudo de textos canônicos que propriamente na problematização do contexto sociocultural, antropológico-ontológico e epistemológico-político que emerge, então é bastante claro que um movimento de reformulação ou até de refundação da filosofia brasileira deveria ter como um de seus cernes a construção de nosso discurso filosófico-sociológico, de nossa autocompreensão político-normativa do processo de modernização ocidental e, aqui, de nossa condição societal, cultural e antropológica dentro desse mesmo processo de modernização que é, de modo direito, também um processo de colonização. 
Com isso, a ideia de um discurso filosófico-sociológico desde a periferia e por parte de sujeitos epistemológico-políticos periféricos poderia ser um mote definidor para a refundação da filosofia brasileira como um discurso-práxis baseado na e dependente da vinculação ao nosso contexto societal, cultural, político, normativo e epistêmico. O colonialismo como teoria da modernidade poderia ser um mote muito profícuo para uma pesquisa interdisciplinar e para uma práxis político-normativa que não apenas vinculassem e politizassem as construções filosóficas, senão que também (a) levassem à necessária interdisciplinaridade com as ciências humanas e sociais como condição desse discurso filosófico-sociológico da periferia sobre si mesma e sobre a modernidade, (b) conferisse centralidade, protagonismo e lugar à voz-práxis indígena e negra, que poderiam fundar, como vimos dizendo, o seu posicionamento sobre a modernidade-modernização, bem como (c) afirmar-se a centralidade dos processos políticos e educacionais no que tange à refundação da filosofia brasileira como, entre outras coisas, uma questão teórico-prática fundante tanto para a academia quanto para sua vinculação e sua ligação com o senso comum.

As reclamações muito próprias da academia relativamente a uma crise das ciências humanas e sociais, ao baixo impacto sociopolítico e normativo-cultural dessas mesmas ciências humanas e sociais na sociedade civil, têm uma resposta muito óbvia que poderia dinamizar essa reconstrução ou refundação da filosofia brasileira de que falamos: seja a ênfase preponderante em história da filosofia, seja o tipo de análise terminológica esotérica utilizada e valorizada contribuem para um enclausuramento da filosofia internamente à universidade e sua redução a uma pequena comunidade de pesquisa que, se por um lado almeja à consolidação acadêmica, por outro restringe-se exatamente a esse fechamento em um pequeno círculo de teimosos que insistem na diferenciação e na independência estritas ao senso comum – esoterismo não é sinal de importância e, se formos fiéis à regra democrática da maioria como condição da justificação e da objetividade, então uma minoria teimosa, fechada e autorreferencial não tem nada a contribuir nem com sua área nem, de um modo mais geral, com a tematização dos problemas sociais. Ora, se tomarmos esse fechamento e essa independência estritas, como se pode influir e participar de modo cívico e político nas discussões e nas práticas do dia a dia? Aqui, apenas cabe lugar ao sem sentido da torre de marfim. 
Em vários aspectos, portanto, as observações de Renato Janine Ribeiro publicadas nesta coluna da ANPOF nos apontam, conforme pensamos, para um exercício de reconstrução e de vinculação filosóficas que não apenas é político e politizante desde o nosso horizonte sociocultural e epistemológico-político, assumindo a história da filosofia a partir dele e por ele, sem colocá-la como o centro dos desenvolvimentos filosóficos e sem tornar-se independente desse contexto de que emerge, de sua condição, de suas características e de seus desafios, senão que também conduz para uma perspectiva interdisciplinar nas ciências humanas e sociais, para a assunção de práticas, símbolos e textos próprios à voz-práxis das minorias, em especial indígenas e negros, e para foco em política e educação como dois eixos programáticos e estruturantes do trabalho de crítica, de construção e de formação filosóficas.
É interessante que, em nossa comunidade científica e em nossos currículos de filosofia, o pensamento e a cultura das minorias coloniais, como indígenas e negros, simplesmente não apareça. Temos poucos Programas de Pós-Graduação no país que trabalham com Filosofia no Brasil, como por exemplo, o sediado na Faculdade Jesuíta de Filosofia (FAJE). No mesmo diapasão, é importante rememorar o quanto caiu em desuso – e às vezes por motivos totalmente eurocêntricos – a pergunta por uma filosofia latino-americana que dinamizou e dinamiza, no contexto mais geral da América Latina, trabalhos fundamentais de Enrique Dussel, Leopoldo Zea, Walter Mignolo, Rodolfo Kusch e Aníbal Quijano, entre tantos outros. No caso brasileiro, há muito tempo que não vemos na filosofia a pergunta pelo sentido do processo de modernização brasileiro, pela constituição do nosso pensamento e de nossa cultura, por especificidades ou caracterizações de nossas formas antropológicas, pelo lugar dos indígenas e dos negros não apenas na fundação de nossa sociedade, mas também em termos de construção de nossas perspectivas filosófico-políticas.
Renato Janine Ribeiro nos alertou que, enquanto estamos discutindo sobre problemas particulares legados pela filosofia europeia, os contextos socioculturais e as instituições eurocêntricas já estão pensando em questões macro, de apelo universalista. De fato, isso é inegável, quando analisamos a vasta literatura da filosofia política europeia – de Habermas, passando por Giddens e chegando a Mouffe, a Piketty e a Boltanski & Chiapello. Por outro lado, talvez não demos ainda esse passo mais geral pelo fato de que sequer temos clareza de nossa condição particular em termos de nosso lugar no sistema-mundo instaurado pela globalização cultural-econômica enquanto versão atual do desenvolvimento da modernidade-modernização. Não demos o passo ao universal, por outras palavras, porque ainda não nos constituímos em termos teórico-políticos como parte ou contraponto à modernidade – por isso a tendência, na filosofia, da glosa e da interpretação de textos canônicos como núcleo do trabalho filosófico na academia. Por fim, não demos ainda o passo ao universal porque estamos em dívida histórica, epistemológica e política para com as minorias político-culturais arrasadas pelo nosso particular e enviesado processo de modernização, o que nos torna espíritos europeus caricatos e dependentes em geral dos impulsos normativos, políticos, culturais e epistemológicos dos centros de pensamento e de cultura – espíritos colonizados que acreditam que basta o assumir daquelas teorias para responder aos problemas universais do homem. Ora, a modernidade é o problema, não a solução.

Apenas um exemplo de como nossa recepção de posições teórico-políticas europeias é enviesada em nós. Há uma tese muito forte, na teoria política europeia, da gradativa caducidade e incapacidade do Estado-nação em fazer frente à globalização econômica, à desnacionalização e à desindustrialização da economia, posto que as atividades produtivas, a organização do trabalho e o predomínio do capital especulativo se dão nesse âmbito global, universal. Com isso, todos os países e todos os povos, por causa da globalização econômica, estão no mesmo barco e sob as mesmas condições, como vítimas desses capitais transnacionais sem raízes e sem vínculos com algum país específico. Ora, nada mais errôneo julgarmos que Alemanha e Brasil estejam no mesmo barco e sob a mesma condição de vítima. Nada mais errôneo, por conseguinte, a solução de instituições políticas supranacionais que busquem construir mediações ao capitalismo globalizado, conforme proposta da teoria política europeia.

Por que essa posição é equivocada? Porque ela desconsidera exatamente a correlação de desenvolvimento e subdesenvolvimento, centro e periferia que efetivamente marca e caracteriza o processo de globalização cultural-econômica, para não se falar nas reedições do imperialismo em diferentes contextos. Ora, se a América Latina tivesse sua teoria da modernidade, sua teoria da periferização sob a forma de colonialismo, com certeza ela poderia dialogar e enquadrar um tal discurso-práxis, mas, por lhe faltar, aceita esse fato próprio às teorias políticas euronorcêntricas com um desassombro tremendo, esquecendo-se, por isso, de que a tendência ao regionalismo, hoje muito em voga, é uma condição fundante do enfrentamento à globalização e, conforme pensamos, uma das únicas formas de se interromper a dependência entre centros e periferias que é base do capitalismo transnacional. Aqui, colocar todos no mesmo barco e como vítimas não ajudará às periferias.

Nesse sentido, se vale à pena continuar a filosofar no Brasil e a partir dele, isso somente é possível pela fundação de nosso discurso filosófico-sociológico da modernidade como ponto nodal e contraponto às teorias da modernidade canônicas, o que também implica, como fizemos ver ao longo do texto, (a) em se conceder a devida centralidade à cooperação com as ciências humanas e sociais nativas, bastante desenvolvidas no estudo e na problematização de nosso contexto periférico (pense-se, por exemplo, em Florestan Fernandes, Paulo Freire, Jessé de Souza etc.), (b) trazer para o centro dos desenvolvimentos teórico-políticos a voz-práxis das minorias violentadas em termos da colonização e (c) dar ênfase à educação e à política como forma de vinculação da academia com o senso comum, com os cidadãos e as cidadãs de nosso dia a dia, de onde não podemos sair. No fim das contas, portanto, a autonomia da academia em relação à sociedade civil é uma ilusão que necessita ser desconstruída, assim como é uma ilusão a objetividade do filósofo normativo que, se não fala pelos outros, pelo menos lhes oferece desde uma perspectiva eminentemente teórica e institucionalista o caminho metodológico-programático por meio do qual esses outros podem ser outros. 

7ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO COLEGIADO DE FILOSOFIA

Dia 08/08/17 (terça-feira), 14:00, Sala 104J.

1- Informes
2- Discussão e aprovação de Ata
3- Votação de ad referendum - Projeto de Pesquisa do prof. Diógenes Galdino
4- Votação de ad referendum - Afastamento do prof. Fábio Duarte
5- Afastamento da profa. Raquel Castilho para o doutorado
6- Solicitação de reingresso ao curso: acadêmico Thássio Paz
7- Kit do professor
8- Permuta de disciplinas
9- Proposta de disciplinas para o núcleo comum


Atenciosamente,

Eduardo Simões
Coordenador do Curso de Filosofia

Colegiados de Filosofia e Teatro promovem semana de recepção dos calouros dos cursos

Fugindo dos tradicionais trotes promovidos pelos alunos dos cursos de graduação, os colegiados de Filosofia e Teatro promovem entre os dias 07 e 09 deste mês a Semana de Recepção aos Calouros de Filosofia e Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus Palmas. A ideia partiu de uma união de pensamentos das coordenações dos cursos no sentido de produzir uma recepção diferenciada do que comumente vem ocorrendo.
De acordo com o coordenador do curso de Filosofia, Eduardo Simões, a Semana será uma recepção informativa. "Esse será um momento de conhecimento e informação, onde os alunos serão apresentados à Universidade e ainda terão um momento de reflexão e lazer", afirma. Já na segunda-feira (07), os calouros conhecerão os órgãos que compõem a UFT e qual a função e importância de cada um na vida acadêmica deles. Não será exatamente uma tour pela Universidade, mas os representantes de setores como a biblioteca, o serviço de apoio ao estudo e à carreira (SAE/Apec), a Secretaria Acadêmica e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proest) irão a a eles trazer a informação.
Simões ressalta que esse momento é importante justamente para que os alunos se sintam pertencentes à instituição. "É essencial que o acadêmico chegue na Universidade e saiba como ela funciona, a quem pode recorrer, quais são seus direitos e deveres, afinal esse é o lugar que eles passarão boa parte do tempo e definirá o futuro de muitos".
A programação da terça-feira (08) é uma mesa-redonda com uma série de temas e encerrando a Semana de Recepção aos Calouros de Filosofia e Teatro da UFT acontece, na quarta-feira (09), a recepção dos calouros por parte dos Centros Acadêmicos (CAs) dos cursos. Simões pontua que esse é um momento de festa, mas que não será permitido nenhum tipo de trote violento, como já ocorreu algumas vezes na Universidade, inclusive nesse semestre.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Semana de Recepção dos Calouros de Filosofia e Teatro - 7 A 9 AGOSTO 2017



DIA 07 DE AGOSTO 

Conhecendo a UFT Coordenações dos Cursos:

Filosofia: Eduardo Simões Silva Juliana Santana de Almeida

Teatro: Ricardo Ribeiro Malveira Renata Patrícia da Silva

Pró-Reitoria Estudanl e Comunitário (Proest): - Kherlley Caxias Basta Barbosa

Biblioteca Central do Campus de Palmas: - Emanuele Eralda Pimentel Santos

Secretaria Acadêmica: - Adailton Tomaz da Silva

Sistema Integrado de Suporte à Matrícula (Sisma) - Marcelo Leineker Costa

Serviço de Apoio ao Estudo e à Carreira (SAE / Apec) - Daniela Barros

DIA 08 DE AGOSTO 

MESA-REDONDA:

Mediador: Diógenes Galdino Morais Silva -

“1917 e o contexto da 1ª Guerra Mundial. Uma reflexão a parr do texto ‘A Mobilização Total’ de Ernst Jünger”. Prof. João Paulo Simões Vilas Boas -

“A Dialéca da Categoria Trabalho: do Ócio ao Negócio”. Prof. José Manoel Miranda de Oliveira -

“Nós não usamos black-e”. Prof. Gustavo Henrique Lima Ferreira -

“Perspecvas de Análise do Empresamento Cognivo”. Prof. Leandro Beck Freiberg

 DIA 09 DE AGOSTO

Recepção dos calouros por parte dos Centros Acadêmicos (CAs) de Filosofia e Teatro.

Baixe o cartaz no link: file:///C:/Users/Micro05/Desktop/CARTAZ-CALOUROS%20III.pdf

Breve Balanço do 33º Encontro Nacional dos Estudantes de Filosofia – ENEFIL.

“Não há motivos para festa: Ora esta! Eu não sei rir a toa! Fique você com a mente positiva, Que eu quero é a voz ativa (ela é que é uma boa!)...”
Belchior

Repensar a filosofia no Brasil e reconstruir o movimento estudantil dos estudantes de filosofia a nível nacional. É. Não se tratava de uma tarefa fácil, ou melhor, não se trata de uma tarefa fácil. Já que essa questão não se finda com o encerramento da 33º edição do ENEFIL. No entanto foi isso que nos propôs os organizadores dessa edição. E o convite foi aceito por estudantes de todas as cinco regiões do país, que mesmo diante da conjuntura caótica que vivemos, conseguiram se articular, se mobilizar e se organizar para se deslocar até Fortaleza – capital cearense – que sediou o encontro.

O 33º ENEFIL de fato foi um evento histórico. Já esperávamos que assim fosse, tanto que era o principal argumento que utilizávamos na nossa batalha para garantir que a UFT liberasse um ônibus para garantir uma delegação tocantinense no evento. No entanto nossas expectativas foram superadas. Pois nos sete dias de evento– as mesas, comunicações, minicursos, oficinas e vivências nos propiciarama refletir sobre a tarefa tão necessária de repensar a filosofia no Brasil bem como da necessidade de reconstrução do movimento nacional dos estudantes de filosofia. De modo que ouso afirmar – a organização a nível nacional dos estudantes de filosofia esta em outro patamar. E tal afirmação se dá, sobretudo após a criação ou recriação da Executiva Nacional dos Estudantes de Filosofia – ENEF, que contou com o apoio do CAFIL/UFT e demais 15 entidades estudantis das cinco regiões do país.

ENEF – Uma entidade nacional de luta dos estudantes de Filosofia.

Nos últimos anos os estudantes de filosofia estavam sem uma entidade representativa a nível nacional. O que é extremamente nocivo, sobretudo diante de uma conjuntura de ataques aos nossos direitos pelo famigerado (des)governo Temer. A ENEF que é composta por estudantes de universidades das cinco regiões do país tem um papel fundamental nesse próximo período – Organizar a resistência a nível nacional dos estudantes de filosofia contra projetos como o “escola sem partido”, o “novo ensino médio”, e o sucateamento e privatização das universidades públicas. Além da tão necessária solidariedade de classe aos trabalhadores que estão tendo seus direitos pulverizados pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Nós dos Centros Acadêmicos e Diretórios Acadêmicos continuaremos o tão fundamental trabalho de base e a resistência na base.

Com isso não estou afirmando que ENEF, Centros Acadêmicos e Diretórios Acadêmicos devem atuar de forma separada. Pelo contrário, respeitando a especificidade de cada um, todos devem manter diálogo permanente bem como construir uma relação horizontal, tanto para que C.A´s e D.A´s fortaleçam a ENEF, bem como a ENEF deve fortalecer os C.A´s e D.A´s.

Estudantes de Filosofia do Brasil Contra os Ataques a Educação!

Seguindo a linha de que não basta compreender é também preciso transformar a sociedade que vivemos é que tomamos as ruas da capital cearense coroando assim uma semana de grandes discursões e ótimos debates. E a denuncia do ataque a educação pelo governo ilegítimo de Michel Temer deu o tom da manifestação. Tratou-se de um momento importante do 33º ENEFIL que ficará para história juntamente com a criação da ENEF. O ato mostrou para sociedade em geral a nossa disposição de resistir aos ataques do (des) governo Temer. E mostrou a nós mesmos que não há outro caminho se não o da luta. Com isso voltamos para nossas universidades com mais força e energia para enfrentarmos os desafios que virão pela frente.

Delegação da UFT no 33º ENEFIL

A delegação da UFT Foi uma das maiores delegações do 33º ENEFIL, o que foi possível por que após muita luta garantimos que a UFT liberasse um ônibus. No entanto não foi uma tarefa fácil – da Proest até a reitoria a nossa solicitação fora negada num primeiro e num segundo momento. Mas pela compreensão da importância histórica do evento, da necessidade de estarmos nesse espaço do qual estávamos ausente a alguns anos, da importância da experiência para nossa vida acadêmica, para o fortalecimento do movimento estudantil de filosofia na UFT e do próprio curso, não deixamos de lutar em nenhum momento. E sem fazer nenhuma concessão, sem abrir mão dos nossos princípios e de nossa autonomia conseguimos êxito na nossa demanda.

A maioria da nossa delegação estava participando pela primeira vez do ENEFIL, tal fato talvez se deu por que não participamos das ultimas edições do evento. Era, portanto uma delegação inexperiente, mas que, no entanto teve uma participação significativa, inclusive apresentando trabalhos. Problemas ocorreram e que devem ser corrigidos nos próximos eventos, mas nada que tenha prejudicado a participação da delegação como um todo.

A tarefa histórica de derrubar muros e construir pontes

Eis o desafio histórico que se coloca diante de nós e que devemos esta à altura do mesmo. E o sentimento que trouxemos conosco do 33º ENEFIL é que sim, que temos condições e disposição para assumir essa tarefa histórica. Temos sido protagonistas nos espaços que atuamos, estamos na linha de frente das lutas populares, temos diariamente derrubado muros e construídos pontes, e seguiremos assim, “hasta lavictoria siempre”.


Pedro Ferreira Nunes – Faz parte da Coordenação Geral do Centro Acadêmico de Filosofia da UFT.

*Confira algumas imagens do evento: https://www.facebook.com/pedroferreiranunes2000/media_set?set=a.1102265576571688.1073741860.100003647684055&type=3&uploaded=98

“Fundamentalismos: as várias faces do terror”, professor João Paulo Simões Vilas Bôas do curso de Filosofia da UFT.


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Inscrição de Chapa para o DCE-UFT


Está aberto de 01 a 07 de Agosto de 2017 o período para inscrição de Chapas para o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Tocantins. Mais detalhes confira o regimento eleitoral que publicamos aqui anteriormente ou entre em contato conosco.

Att.

CAFIL/UFT

Distribuição gratuita do Livro "Fundamentos de Filosofia".

Estamos distribuindo um exemplar desse livro para cada estudante do curso de filosofia da UFT. Quem se interessar nos procure no bloco j no período noturno.

Att.

Pedro Ferreira
CAFIL/UFT

Começam as inscrições para mais de 150 bolsas de monitoria

Entre os dias 03 e 09 de agosto estarão abertas as inscrições para o processo seletivo que visa selecionar bolsistas para atuarem por 3 meses no Programa Institucional de Monitoria (PIM) e Programa Institucional de Monitoria Indígena (Pimi) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), conforme editais n° 107/2017 e nº 108/2017. A seleção para o PIM oferece 114 vagas, distribuídas entre 31 cursos de seis câmpus da Universidade, enquanto o Pimi contempla 27 cursos de cinco câmpus, e oferta 39 bolsas.
As inscrições podem ser feitas nas coordenações de curso das respectivas vagas e pode se inscrever qualquer aluno regularmente matriculado na UFT, com coeficiente de rendimento geral igual ou superior a 5,0 e média igual ou superior a 7,0 na disciplina objeto da monitoria. Para o Programa de Monitoria Indígena também é necessário ter integralizado 1/3 dos créditos totais do curso. Os documentos necessários para a inscrição são ficha de inscrição, histórico escolar completo com coeficiente de rendimento, declaração de disponibilidade de tempo e mais comprovante de matrícula para o Pimi.
Os bolsistas do Pim exercerão 12 horas de atividades por semana, recebendo bolsa de R$ 400,00 caso cumpram mais de 24 horas por mês e de R$ 200 se cumprirem 24 horas ou menos por mês. Já os bolsistas do Pimi cumprirão carga de 20 horas semanais e ganharão R$ 400,00 de bolsa se cumprirem mais de 40 horas por mês e de R$ 200 caso cumpram 40 horas ou menos por mês. 
O processo de seleção ocorrerá de 10 a 16 de agosto e constituirá de provas e/ou análise do histórico escolar e entrevista. O resultado final será divulgado até o dia 17 deste mês na Coordenação do curso e no Portal da UFT e o início da Monitoria ocorrerá no dia 23 de agosto.
Saiba mais
  • Programa Institucional de Monitoria (PIM) contempla atividades de caráter didático-pedagógico, desenvolvidas pelos alunos da graduação e orientadas por professores, que contribuem para a formação acadêmica do estudante. 
  • Programa Institucional de Monitoria Indígena (Pimi) tem como objetivo facilitar a inclusão dos alunos indígenas nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a sua permanência e sucesso acadêmico. A função do monitor remunerado ou voluntário será exercida por estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação e classificados em processo seletivo realizado no Colegiado de Curso.
Fonte: http://ww2.uft.edu.br/index.php/ultimas-noticias/19940-comecam-as-inscricoes-para-mais-de-150-bolsas-de-monitoria

Assista:

"Ensino de Filosofia no Brasil: avanços e desafios" - Prof. Dr. Pedro Ergnaldo Gontijo (UnB) Mediador: Prof. João Paulo Simões Vilas Bôas 


“Ensino de Filosofia: uma proposta de politização a partir da Teoria Crítica de Herbert Marcuse” – Prof. Dr. Paulo Sérgio Gomes Soares (UFT). “Tópicos sobre Ensino de Filosofia ciência e tecnologia” - Prof. Me. Leandro Beck Freiberg (UFT). “A Filosofia e a docência: algumas reflexões à luz de Theodor Adorno” – Prof. Dr. Roberto Antônio Penedo do Amaral (UFT). Mediador: Prof. Dr. Eduardo Simões Silva





PROGRAMAÇÃO - IV Jornada Filosófica da UFT

IV JORNADA FILOSOFICA DA UFT A SOLIDÃO NO SÉCULO XXI PROGRAMAÇÃO • Segunda-feira (26 de Novembro de 2018) VESPERTINO: MINICU...